A seleção brasileira masculina de futebol Sub-17 quebrou um jejum de 38 anos ao conquistar o bicampeonato no Torneio de Montaigu (França), de forma invicta, depois de desbancar a Argentina na final, com vitória por 2 a 0. A dupla palmeirense Endrick (atacante) e Luís Guilherme (meia) decidiram para os brasileiros, e Augustín Ruberto descontou para os hermanos na disputa do título, na tarde desta segunda-feira (18). Em 2018 o Brasil também chegou à final em Montaigu, mas perdeu nos pênaltis para Portugal. O primeiro título foi conquistado em 1984.
A vitória sobre a Argentina corou uma campanha exitosa da seleção no torneio francês. Sem perder nenhum jogo, o ataque brasileiro somou 11 gols, cinco deles marcados por Endrick, artilheiro da competição, que balançou a rede em quatro partidas. O meia Guiherme anotou outros três gols.
Na edição deste ano, a seleção Sub-17, comandada pelo técnico Phelipe Leal, goleou o México na estreia por 4 a 0, empatou em 2 a 2 com a Holanda, e superou a Inglaterra por 3 a 0 antes de chegar à final contra a Argentina.
Jogo
Com menos de dois minutos de jogo, Luís Guilherme lançou o camisa 9 Endrick, que partiu em velocidade, ganhou a dividida com o goleiro argentino e mandou para o fundo da rede, abrindo o placar para o Brasil. Na sequência, a dupla teve chance de ampliar, mas o goleiro Díaz evitou. Os hermanos equilibraram a partida e chegaram ao empate aos 13 minutos, com Ruberto. O duelo seguiu acirrado, com oportunidades de lado a lado, até que aos 34 minutos, Endrick foi derrubado dentro da área, e o juiz anotou pênalti, que Luis Guilherme cobrou com maestria, fazendo o segundo do Brasil.
Após o intervalo, o jogou seguiu acelerado. A melhor chance da seleção surgiu aos 19 minutos, em cobrança de falta de João Henrique, que o goleiro Díaz afastou. A bola ainda sobrou para Da Mata, mas ele acertou a trave. Em seguida foi a a vez de Alejo quase marcar para os argentinos. E eles buscaram o empate até os minutos finais, mas o goleiro César fez boas defesas e a vitória foi mesmo verde e amarela.
Edição: Cláudia Soares Rodrigues