Para encerrar as comemorações do centenário do rádio no país, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) realiza a cerimônia de premiação do Festival de Música 100 anos de Rádio com um espetáculo especial no palco da Sala Cecilia Meireles, no Rio de Janeiro, amanhã (6), às 20h.
A apresentação reúne os três finalistas de cada uma das cinco categorias da primeira edição do festival promovida em formato integrado pelas tradicionais emissoras públicas Rádio MEC e Rádio Nacional. As obras foram selecionadas através de voto popular e por meio da indicação da Comissão Julgadora. A iniciativa busca descobrir novos talentos musicais e estimular o lançamento de projetos inéditos.
Além de conferir a decisão ao vivo, direto da capital fluminense, o público também pode acompanhar na programação da Rádio MEC e da Rádio Nacional as atrações do evento que combina show com a solenidade de premiação. Os apresentadores Dylan Araújo e Raquel Júnia conduzem a cerimônia de reconhecimento.
O repertório traz a interpretação de canções que disputam o troféu com a participação dos artistas concorrentes. Também têm a performance da Nova Orquestra com a execução, em arranjo sinfônico, de obras representativas da história do rádio e da música brasileira que o veículo ajudou a impulsionar.
Os ingressos para o evento podem ser adquiridos na bilheteria da Sala Cecília Meireles a preço popular nos valores de R$10 (inteira) e R$5 (meia). Os bilhetes para a entrada também estão à venda por meio do site.
Os interessados podem assistir ao especial na programação da TV Brasil. A produção será exibida na faixa musical da emissora no sábado, dia 10 de dezembro. O conteúdo transmitido na telinha do canal ainda vai ficar disponível nas plataformas digitais da EBC como o app TV Brasil Play.
Repertório do espetáculo
O show da Nova Orquestra resgata dez temas que celebram a história do rádio e ajudam a traçar um panorama sobre a música brasileira nos 100 anos do veículo. O repertório inclui dez sucessos do cancioneiro nacional em arranjo sinfônico com uma obra para cada década desde 1920.
As composições escolhidas são Ô Abre Alas, de Chiquinha Gonzaga, representa os anos 1920; um pot-pourri do clássico Carinhoso, de Pixinguinha, e da marcha Cantores do Rádio, sobre 1930; uma obra de Villa-Lobos para ilustrar a década de 1940; a canção Chega de Saudade, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, rememora a Bossa Nova e a década de 1950.
A seguir, a Jovem Guarda é lembrada no sucesso Festa de Arromba, de Erasmo Carlos, que remete aos anos 1960. A Tropicália da década de 1970 inspira outro ícone: Panis et Circencis, música de autoria de Caetano Veloso e Gilberto Gil. O rock dos anos 1980 chega no hit Exagerado, de Cazuza.
Para destacar a MPB e a música sertaneja que marcaram época na década de 1990, a ideia é levar a plateia a cantar em coro Evidências. Uma música do grupo Tribalistas representa a nova geração da MPB nos anos 2000, enquanto a obra Oração, de meados de 2010, sucesso d’A Banda Mais Bonita da Cidade, encerra a sessão.
O espetáculo ainda tem a participação de uma banda base que interpreta as canções concorrentes das categorias música infantil, popular e regional. Os artistas aspirantes ao título participam da performance no palco da Sala Cecilia Meireles.
Os músicos ganhadores conquistam os troféus: Prêmio Rádio MEC de Melhor Música Clássica, Prêmio Rádio MEC de Melhor Música Instrumental, Prêmio Rádio MEC de Melhor Música Infantil, Prêmio Rádio Nacional de Melhor Música Popular e Prêmio Rádio Nacional do Alto Solimões de Melhor Música Regional.
Etapas, critérios de seleção e reconhecimento artístico
O Festival de Música 100 anos de Rádio no Brasil organizado pela EBC em 2022 abriu inscrições em agosto para as etapas de seleção, divulgação e veiculação de obras inéditas. As canções classificadas foram ao ar na programação da Rádio MEC e da Rádio Nacional, de acordo com o perfil de cada emissora.
As produções escolhidas mediante votação popular na internet e análise da Comissão Julgadora também estavam disponíveis no site do festival. Os critérios do júri para avaliar as obras observaram a qualidade artística (música, letra, partitura e interpretação), originalidade e a qualidade da gravação. A equipe é formada por personalidades de notório saber ou em atividade na área musical e profissionais da EBC.
Os autores das composições inscritas no festival autorizam a execução na grade da Rádio MEC e Rádio Nacional, além de permitir a veiculação nas emissoras afiliadas que integram a Rede Pública de Rádios, bem como nos demais veículos da EBC, como a TV Brasil, e suas plataformas digitais.
Além da conquista do respectivo prêmio, os laureados ainda obtêm um reconhecimento artístico com a audiência dos ouvintes que podem acompanhar suas criações artísticas na programação. As músicas escolhidas nas fases decisivas repercutem junto ao público e nas emissoras.
Fonte: Agência Brasil