Cidadãos no Japão celebram hoje 77 anos desde o fim da Segunda Guerra Mundial. No dia 15 de agosto de 1945, foi transmitido pelo rádio um pronunciamento do imperador Showa anunciando que o Japão havia se rendido. Nesta segunda-feira (15), o governo realizou uma cerimônia para homenagear aqueles que morreram na guerra.
Cerca de mil pessoas compareceram ao evento em Tóquio, onde é realizado anualmente. Os participantes observaram um minuto de silêncio quando os relógios marcaram o meio-dia para homenagear as pessoas que foram mortas em decorrência da guerra.
Dos mortos, mais de 2 milhões faziam parte do então Exército Imperial do Japão, enquanto cerca de outros 800 mil eram civis.
O imperador Naruhito e a imperatriz Masako participaram do evento. O imperador disse que “olhando para o longo período de paz que se sucedeu à guerra, refletindo sobre o nosso passado e mantendo vivo o sentimento de profundo remorso, eu espero honestamente que os horrores da guerra nunca mais se repitam. Junto com todo nosso povo, eu agora presto minha sincera homenagem a todos que perderam suas vidas na guerra, tanto dentro como fora dos campos de batalha, e rezo pela paz mundial e pelo contínuo desenvolvimento do nosso país”.
O premiê Kishida Fumio também fez um discurso durante o evento. Ele disse que “conflitos continuam sendo uma constante neste mundo, mas a nossa nação irá, sob a bandeira da contribuição proativa para a paz, trabalhar com comprometimento junto da comunidade internacional para resolver os múltiplos desafios que o mundo enfrenta”.
Um dos parentes das vítimas da guerra que compareceu à cerimônia foi Otsuki Kenichi, de 83 anos de idade. Seu pai deixou o Japão para lutar na China enquanto sua mãe ainda estava grávida dele. Seu pai morreu sem saber que ele havia nascido. Otsuki disse que “o mundo continua atormentado por conflitos, como a invasão russa à Ucrânia. Eles fazem com que famílias percam seus entes queridos todos os dias, como nós também perdemos. É a nossa sincera esperança que a paz prevaleça no mundo o mais cedo possível.”
Fonte: Agência Brasil