O Exame Nacional do Ensino Médio vai mudar a partir de 2024. O Ministério da Educação apresentou, nesta quinta-feira, as diretrizes gerais do novo exame que deve se adaptar às mudanças trazidas pelo Novo Ensino Médio, que começou a ser implementado em todo o país neste ano.
O Enem continua dividido em duas provas, realizadas em dois dias distintos. A diferença é que haverá um primeiro teste baseado na Formação Geral Básica, que avalia o conteúdo obrigatório para todos os estudantes. Esse primeiro teste deve ter ênfase em português e matemática, incluindo a redação e também a prova de inglês, que passa a ser obrigatória. O secretário de educação básica do MEC, Mauro Rabelo, destacou que essa prova deve ser interdisciplinar, ou seja, não separada por áreas do conhecimento.
O chamado segundo instrumento do Enem será dividido em quatro blocos. Cada bloco vai reunir duas áreas do conhecimento. Por exemplo, o estudante poderá escolher fazer matemática e suas tecnologias casado com a área de Ciências da Natureza e Suas Tecnologias. Ou, uma outra opção é casar Ciências da Natureza com Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Segundo o secretário Mauro Rabelo, a escolha de um dos quatro blocos deve refletir o itinerário escolhido pelo aluno ao longo do ensino médio, além de ter relação com o curso que ele pretende para o ensino superior.
Já os estudantes que optarem pelo itinerário de Formação Técnica e profissional durante o ensino médio devem receber uma bonificação na prova para ingressar em um curso superior.
As diretrizes apresentadas pelo MEC agora serão analisadas pelo Inep, o Instituto responsável por elaborar a prova do Enem, que irá trabalhar com essas orientações para produzir o novo Exame Nacional do Ensino Médio até 2024.
Edição: Nádia Faggiani / Beatriz Arcoverde
Por Lucas Pordeus Leon – Repórter da Rádio Nacional