Atleta mais vitorioso e reconhecido mundialmente do século XX sofre falência múltipla dos órgãos, em decorrência do agravamento do quadro de câncer no cólon.
A morte de Edson Arantes do Nascimento foi confirmada nesta quinta-feira, 29 de dezembro, pelo Hospital Albert Einstein. Ele lutava contra um tumor no intestino, descoberto em setembro de 2021. De lá para cá, ficou em tratamento médico, no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e na casa dele no Guarujá, litoral paulista. No último dia 29 de novembro, Pelé foi internado para debelar uma infecção respiratória após ele contrair Covid-19 e “para uma reavaliação da terapia quimioterápica do tumor de cólon”, conforme nota do hospital. Mas a doença resistiu, progrediu e, após sofrer falência múltipla de órgãos, ela leva para a eternidade o maior jogador da história do futebol mundial.
“Rei do Futebol”. Craque, gênio, “de outro planeta”, tricampeão do mundo com a Seleção Brasileira, camisa 10, Atleta do Século… Não faltam adjetivos para definir Pelé, um ídolo que deixou uma coleção de feitos e grandes recordações por onde passou e teve alguns momentos de controvérsia em sua vida.
Em 23 de outubro de 1940, na cidade mineira de Três Corações, nasceu Edison Arantes do Nascimento. O primeiro nome é homenagem ao inventor americano Thomas Alva Edison. Mas, contrariando a certidão de nascimento, ele sempre assinou Edson, e o mundo o conhece mesmo por Pelé. Filho de Celeste Arantes e de João Ramos de Nascimento, o Dondinho, que era jogador de futebol.
Na infância, Edson ainda era conhecido como “Dico” e se acostumava a jogar bola com seus amigos em Bauru, cidade para a qual se mudou aos quatro anos com sua família. Ao ver o pai chorar quando o Brasil perdeu a Copa de 1950, prometeu que ganharia um Mundial para ele.
Posteriormente apelidado de Pelé (adaptação de “Bilé”, jogador do Vasco de São Lourenço-MG em quem ele se espelhava), o jovem atuou por equipes amadoras de futebol de campo e do salão. Levado para atuar no time do Bauru Atlético Clube, não demorou a despertar atenção. O desempenho de Pelé chamou a atenção de Valdemar de Brito, técnico da equipe que disputava ligas municipais.
Ex-jogador da Seleção na Copa de 1934, Valdemar foi o responsável por levar Pelé para fazer um teste no Santos em 1956. A primeira chance do garoto aconteceu em 7 de setembro quando, aos 15 anos, marcou seu primeiro gol, na goleada por 7 a 1 sobre o Corinthians de Santo André, em jogo no Troféu Independência. O jovem entrou no lugar de Del Vecchio, que marcou dois gols no confronto (Alfredinho, duas vezes, Álvaro e Jair Rosa Pinto completaram o triunfo santista).
Rapidamente, Pelé se firmou como titular e foi o artilheiro mais jovem do Estadual, balançando as redes em 36 oportunidades. Aos 17 anos, ganhou o epíteto de “Rei do Futebol” do jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues. O craque marcou quatro gols na vitória por 5 a 3 do Peixe sobre o America.
Além de formar o irresistível ataque com Dorval, Mengálvio, Coutinho e Pepe, foi campeão paulista pela primeira vez em 1958 (meses depois de se sagrar pela primeira vez campeão mundial com a Seleção). Depois, colecionou uma série de títulos estaduais: em 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969 e 1973 (dividido com a Portuguesa).
Na equipe, desbravou fronteiras e foi campeão de competições nacionais: a Taça Brasil de 1961, 1962, 1963, 1964, 1965 e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1968. Em 1962 e 1963, chegou ao ápice de sua história com a camisa 10 santista. Primeiramente, conquistou duas Libertadores, marcando gols nas decisões contra Peñarol e Boca Juniors, respectivamente.
No ano no qual conquistou a sua segunda Copa do Mundo com a Seleção, foi decisivo na final do Mundial Interclubes contra o Benfica. E em 1963, contribuiu para a conquista sobre o Milan.
Em 1969, o Santos fazia excursões pelo mundo afora (inclusive em regiões com situação delicada politicamente) e o mundo parava para ver Pelé. Mas o camisa 10 estava prestes a conseguir um grande marco na carreira.
Diante do Botafogo-PB, o “Rei” marcou os gols 998 e 999 e teve a chance de marcar mais um em pênalti assinalado no amistoso. Contudo, o então goleiro do Peixe, Jair Estevão, o “Jairzão”, afirmou que estava machucado e pediu para sair. O camisa 10 foi para a meta e o sonho foi adiado.
Após passar em branco no empate em 1 a 1 com o Bahia na Fonte Nova, em jogo no qual o goleiro Jurandir, do Bahia, se desdobrou para evitar as oportunidades, o milésimo veio, enfim, no Maracanã. Em 19 de setembro, o árbitro marcou pênalti do zagueiro Fernando sobre o atacante. Pelé cobrou e, mesmo após Andrada voar, não evitou o gol santista no 2 a 1 do Santos sobre o Vasco. O feito rendeu um selo comemorativo dos Correios e também a condecoração de Comandante da Ordem do Rio Branco.
Em grande fase no Santos, Pelé recebeu ainda em 1957 sua primeira oportunidade na Seleção Brasileira. Lançado com a camisa 13 no lugar de Del Vecchio, o jovem marcou contra a Argentina, mas não evitou a derrota por 2 a 1 no Maracanã. Titular na partida de volta,Pelé balançou a rede outra vez e ajudou no triunfo por 2 a 0, que deu ao Brasil o título da Copa Roca.
No ano seguinte, garantiu sua vaga na lista de convocados para a Copa do Mundo de 1958. Curiosamente, mesmo com a CBD não mandando para a organização a numeração da equipe, acabou ostentando a 10. O “Rei” se tornou titular ao lado de Garrincha a partir da vitória por 2 a 0 sobre a União Soviética, na primeira fase. Em seguida, marcou seu primeiro gol em Mundiais, ao selar o triunfo por 1 a 0 sobre o País de Gales, nas quartas de final.
Nas semifinais, Pelé encantou outra vez os torcedores ao marcar três gols na vitória por 5 a 2 sobre a França. Logo depois, recebeu aplausos dos suecos ao balançar as redes outras três vezes no 5 a 2 sobre a Suécia. Aos 17 anos e oito meses, entrou para a história como campeão da Copa do Mundo ao lado de nomes como Garrincha, Didi, Vavá, Djalma Santos, Gylmar dos Santos Neves e Nilton Santos.
Quatro anos mais velho, Pelé seguiu como referência da Seleção Brasileira. Convocado para a Copa do Mundo, o camisa 10 chegou a balançar a rede na vitória por 2 a 0 sobre o México (o outro gol foi de Zagallo). Contudo, uma lesão no empate sem gols contra a Tchecoslováquia acabou tirando o “Rei” da sequência do Mundial. Substituído por Amarildo, o “Rei” fez parte do segundo título canarinho, em campanha na qual Garrincha se destacou.
Seu retorno à Copa do Mundo em 1966 foi marcado por um misto de sensações. No último jogo no qual atuou ao lado de Garrincha, a dupla definiu a vitória por 2 a 0 sobre a Bulgária. Tendo esta dupla em campo, o Brasil não perdeu nenhuma partida.
Entretanto, uma pancada sofrida no jogo com os búlgaros tirou o “Rei” do confronto seguinte, no qual os brasileiros sofreram uma derrota por 3 a 1 para a Hungria. O jogo seguinte trouxe outro duro golpe. Extremamente caçado pelos adversários, Pelé não conseguiu ajudar o Brasil a engrenar e a equipe se despediu da Copa derrotada por 3 a 1 para Portugal de Eusébio.
Em 1970, o camisa 10 disputou seu quarto Mundial. Naquela Seleção que se consagrou como uma das maiores da história, com nomes como Carlos Alberto Torres, Gerson, Clodoaldo, Rivellino, Tostão e Jairzinho, Pelé seria um fio condutor para o tricampeonato.
Além de marcar na estreia contra a Tchecoslováquia e na final contra a Itália, o “Rei” distribuiu passes e protagonizou jogadas históricas até mesmo quando não marcou. Até hoje, há lembranças em torno do “gol que Pelé não fez”, da cabeçada defendida pelo inglês Gordon Banks e o drible de corpo sobre o uruguaio Mazurkiewicz. Foram quatro gols marcados (contra Tchecoslováquia, dois diante da Romênia e um na decisão contra a Itália) na equipe comandada por Zagallo.
Passado o tricampeonato, mesmo em alta Pelé decidiu se despedir da equipe canarinha em 18 de julho de 1971. Também sob o comando de Zagallo, ele atuou no empate em 2 a 2 com a Iugoslávia no Maracanã.
Em 2 de outubro de 1974, Pelé se despediu oficialmente do Peixe: ele jogou 21 minutos no 2 a 0 sobre a Ponte Preta. Passados oito meses de sua saída, o astro fez as malas e aceitou a proposta milionária de defender o New York Cosmos. Logo em sua estreia, deu um passe e marcou um gol no empate em 2 a 2 com o Dallas Tornado.
Como atleta mais bem pago, o “Rei” ajudou a dar projeção à Liga Norte-Americana de Futebol (NASL) e a levar jogadores de todos os cantos para o país, como Manuel Maria e Chinaglia. Passados três anos, em 1977, ele se sagrou campeão, atuando ao lado de nomes como Beckenbauer, Rildo e Carlos Alberto Torres.
Com o título nas mãos, Pelé se despediu em definitivo do futebol, em amistoso contra o Santos no qual atuou em um tempo por cada equipe. A partida ficou marcada por seu discurso: “Love, love, love”. Sua carreira teve 1.283 gols em 1.383 partidas (oficiais e não-oficiais). Além disto, em 95 oportunidades balançou as redes pela Seleção Brasileira (77 delas em jogos oficiais).
O impacto de Pelé se estendeu mesmo após ele ter pendurado as chuteiras. Uma votação do “L’Équipe” deu ao astro o posto de “Atleta do Século” em 11 de julho de 1980. A Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS) também o elegeu como Jogador do Século. Em 2000, o eterno camisa 10 recebeu das mãos de Nelson Mandela o Prêmio Laureus pelo conjunto da obra.
No mesmo ano, em cerimônia de gala da Fifa, o “Rei” dividiu com Maradona o posto de melhor jogador do século.
A magnitude do que fez em campo rendeu outras nomeações a Pelé. Além de Cidadão do Mundo pela ONU em 1977 e Embaixador da Boa Vontade pela Unesco em 1994, em 1997, se tornou Cavaleiro Celibatário da Ordem do Império Britânico. No Brasil, recebeu as honrarias da Ordem Nacional do Mérito (no governo de Fernando Collor de Mello) e, em 2004, da Ordem do Mérito Cultural no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Em campo, participou de uma sucessão de homenagens, como atuar no jogo dos seus 50 anos, no amistoso entre Brasil e Seleção da Fifa, no Estádio San Siro, em 1990. Os brasileiros, comandados por Paulo Roberto Falcão, perderam por 2 a 1.
A prova de que o “Rei” se tornou um popstar ficou nítida ainda quando estava em campo. O cineasta Carlos Hugo Christensen fez em 1962 o documentário “O Rei Pelé”. Em 1974, Luiz Carlos Barreto lançou “Isto É Pelé”. Em 2004, foi lançado “Pelé Eterno”, no qual Anibal Massaini Neto detalhou os gols do camisa 10.
No ano de 2016, a história do craque rendeu filme nos Estados Unidos. “Pelé, o Nascimento de Uma Lenda”, dirigido por Michael Zimbalist e Jeff Zimbalist e com atores brasileiros. Leonardo Lima Carvalho interpreta Pelé dos 10 aos 13 anos e Kevin de Paula faz o papel do “Rei” quando era adolescente. Seu Jorge e Milton Gonçalves também trabalham no filme.
O ídolo trabalhou como ator em outros momentos. No cinema, fez filmes no Brasil e no exterior, como “A Marcha”, “Os Trombadinhas”, “Fuga Para a Vitória”, “Pedro Mico” e “Os Trapalhões e o Rei do Futebol”, além de ter participado do filme “Barão Otelo no Barato dos Bilhões”.
Em 1969, ano no qual marcou seu milésimo gol, o “Rei” chegou a fazer uma novela: ele foi o protagonista de “Os Estranhos”, na TV Excelsior. Na trama de Ivani Ribeiro (autora de “A Viagem” e “Mulheres de Areia”), ele interpretou um escritor que morava em uma ilha invadida por marcianos. Posteriormente, foi convidado para fazer participações em novelas e programas humorísticos.
Além de ter feito outras participações em novelas, Pelé foi comentarista da Rede Globo. Estreou nas Eliminatórias da Copa de 1990 e também comentou jogos nas Copas de 1990, 1994 e 1998. No Mundial de 2010, também fez boletins com comentários sobre a competição para o SBT, intitulados “Um Minuto Com Pelé”.
Seu estilo de “popstar” se estendeu a ser cantor e compositor. Pelé gravou o compacto “Tabelinha”, com Elis Regina. Em 1977, gravou o LP com Sergio Mendes e a banda Brasil ’66, que teve como música de destaque “Meu Mundo É Uma Bola”. Também dividiu vocais com artistas como Jair Rodrigues e Roberto Carlos e teve uma música de sua autoria gravada por Moacyr Franco (“Pelé Agradece”).
Uma de suas canções mais conhecidas foi feita originalmente para um dueto com o conjunto infantil Trem da Alegria: o “ABC do Bicho-Papão”. O refrão “ABC” mais tarde foi adaptado para uma campanha de alfabetização do Ministério da Educação.
O impacto midiático chegou também a um relacionamento seu. Na década de 1980, manteve por seis anos um namoro com a apresentadora Xuxa.
Após ter investido por alguns anos na Pelé Sports (empresa de marketing esportivo), o “Rei” aceitou o convite do presidente Fernando Henrique Cardoso para ser ministro dos Esportes a partir do início de 1995.
Em sua gestão, foi aprovada a Lei Pelé, que determinou a extinção da “Lei do Passe” nos contratos dos jogadores e forçar a profissionalização nos departamentos de futebol dos clubes. O “Rei” deixou o posto em março de 1998.
A vida de Pelé foi marcada por momentos conturbados fora de campo. Em 1991, Sandra Regina procurou o ex-jogador e afirmou que era sua filha. O camisa 10 solicitou um exame de DNA e, mesmo após o teste dar positivo, houve uma árdua batalha na Justiça.
Em 1996, Sandra Regina (fruto de um caso extraconjugal com Anísia Machado) pôde registrar o sobrenome Arantes do Nascimento. Ela, que foi vereadora em Santos por duas vezes, morreu em 17 de outubro de 2006, aos 42 anos, devido a uma parada cardíaca. Nesta época, Sandra lidava com complicações causadas por um câncer de mama. O “Rei” não foi ao enterro e enviou uma coroa de flores em nome das Empresas Pelé.
Segundo relato do viúvo de Sandra, o pastor Oséas Felinto, ao “G1”, o ex-jogador não atendeu ao pedido da filha de visitá-la no CTI do hospital.
O camisa 10 ainda ficou abatido com os problemas judiciais envolvendo seu filho Edson Cholbi. O ex-goleiro Edinho foi acusado de atropelar um aposentado quando participava de um “racha” em 2005, mas logo a sentença foi anulada. Em 2014, foi condenado a 33 anos de prisão por lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Após em 2017 a pena ser reduzida para 12 anos e 11 meses, Edinho saiu por bom comportamento e pelo trabalho treinando crianças em Tremembé (SP). Atualmente, Edinho é treinador do sub-20 do Londrina e comandará a equipe principal no Campeonato Paranaense.
Além de Sandra Regina e Edinho, deixa como herdeiros Kelly Cristina e Jeniffer (de seu casamento com Rosemeri dos Reis Cholbi) e os gêmeos Joshua e Celeste (do seu casamento com Assíria Lemos). Em 2002, Pelé também reconheceu Flávia Kurtz, fruto de um caso extraconjugal com a jornalista Lenita Kurtz.
Nos últimos anos, Pelé lidou com uma série de cuidados médicos. Ele já tinha informado à imprensa que teve seu rim retirado em 1977. Mas em 2012 foi submetido a uma cirurgia e teve de colocar uma prótese no quadril.
Três anos depois, passou por nova intervenção cirúrgica, para investigar uma dor permanente na região. Em 2017, voltou a aparecer em público em uma cadeira de rodas no sorteio da Copa do Mundo de 2018.
Além dos problemas de locomoção, ainda passou por outras internações, como uma infecção urinária grave, na qual teve de fazer uma diálise. De acordo com declaração do filho Edinho ao “GE” na época, a situação acabou acarretando uma depressão. “Ele fica muito constrangido com isso, mas está bem, tirando isso e a natureza da idade dele”.
Prestes a fazer 80 anos, o ex-jogador afirmou em comunicado oficial: “Tenho meus dias bons e maus. Isso é normal para pessoas da minha idade. Não tenho medo, sou determinado, sou confiante no que faço. Na semana passada, tive a honra de me encontrar com o presidente da CBF no estúdio em que eu estava gravando meu documentário. Eu tive duas sessões de fotos no mês passado para campanhas que utilizam a minha imagem e testemunho. Tenho vários eventos futuros agendados. Eu não evito cumprir compromissos da minha sempre movimentada agenda. Continuo aceitando minhas limitações físicas da melhor maneira possível, mas pretendo manter a bola rolando”.
Pelé recebeu outras homenagens. Há estátuas que reproduzem o movimento do “Soco no Ar” (sua comemoração de gol tradicional) tanto em Três Corações, sua terra natal, quanto em Santos. A Arena Fonte Nova também tem um monumento no qual o camisa 10 ergue a Taça Jules Rimet.
Em fevereiro de 2020, a CBF fez uma solenidade para inaugurar a nova atração do Museu da Seleção Brasileira: uma estátua do “Rei do Futebol”. Pelé não compareceu à solenidade devido a problemas de mobilidade, mas o monumento foi aprovado por ele.
Pelé seguia ativo nas redes sociais, passando suas impressões sobre o Mundial do Qatar. A última imagem do “Rei” para os torcedores foi divulgada em suas redes sociais quando ele celebrou seus 82 anos:
“”Meus amigos do Brasil e de todo o mundo, eu fico feliz, muito feliz, por estar aqui com vocês hoje e que Deus me deu essa saúde para eu poder agradecer a vocês por tudo que eu tenho recebido. O mundo inteiro fala em Pelé, o mundo inteiro sabe que eu estou agradecendo pela idade e por tudo que eu tenho recebido. 82 anos é um presente de Deus. Espero que a gente continue muito tempo juntos e, se Deus quiser, e nossos queridos amigos, mais uns 82 está bom. Mais uma vez eu digo e quero que fique bem claro: eu agradeço de coração tudo que eu tenho recebido nesse mundo, dos meus fãs e das pessoas que me adoram. Muito obrigado”.
Fonte: Lance.